Entender a diferença entre os tratamentos homeopáticos e fitoterápicos pode ser uma boa ideia para os interessados em seguir carreira na área da saúde. Afinal, essas são áreas da medicina alternativa e que permitem profissionais de vários cursos, inclusive, técnicos.
E como o assunto é extenso, vamos lá. A gente vai falar, brevemente, sobre a medicina alternativa. Depois, vamos comentar sobre os cursos possíveis para quem gosta dessa disciplina. E também vamos considerar a diferença entre elas. Bora lá?
O que é a medicina alternativa
A medicina alternativa é como uma especialidade da medicina. Por isso, permite que pessoas formadas em graduação, tecnólogos, bacharelados estejam a par e em contato com as terapias alternativas. De modo simples, ela é justamente uma alternativa a medicina tradicional.
Isso quer dizer que quase sempre permite um tratamento de doenças sem o uso de remédios. O foco está em tratar a pessoa e não, necessariamente, os sintomas. E parece difícil, só que é bem fácil entender isso quando a gente traz o tema para a prática. Veja só.
Temos a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) como medicina alternativa no Brasil. Ela inclui a acupuntura, a fitoterapia, a homeopatia, o termalismo, a crenoterapia. Todos entram como especialidades médicas. Tem ainda a naturologia, entre os melhores exemplos.
Os cursos de medicina alternativa do MEC
No Brasil, o MEC (Ministério da Cultura e da Educação) é quem aprova cursos e estudos. Ou seja, fazer um curso aprovado pelo MEC quer dizer que você terá todas as diretrizes para atuar no mercado de trabalho, considerando que são várias as opções de trabalho hoje em dia.
E trouxemos aqui alguns dos cursos que são aprovados pelo MEC e fazem parte do que é chamado de “medicina alternativa”:
- Os de tecnólogos/técnicos em terapias alternativas;
- Estética;
- Acupuntura;
- Medicina chinesa;
- Quiropraxia;
- Massoterapia;
- Terapias holísticas;
- Homeopatia;
- Naturopatia e terapia naturalista.
Fora isso, há outros, que ainda não possuem acordo do MEC, como de eletroacupuntura, ayurveda, aromaterapia, shantala, shiatsu, floral, reflexologia.
O mercado de trabalho da medicina alternativa
O que não se pode negar é que esse é um mercado em ascensão. Isso porque ele vem crescendo ano após ano, sendo reconhecido hoje como um conjunto de “práticas integrativas que complementam o sistema médico tradicional”.
Por isso, em algumas partes do Brasil, ele é oferecido pelo SUS (Sistema Público de Saúde), em hospitais públicos e postos de saúde. Em 1997 houve outro marco importante: o Conselho Federal de Enfermagem reconheceu essas terapias (como acupuntura e fitoterapia) também.
Portanto, quem tem essa “especialização” vai poder atuar em vários lugares, como em clínicas e residências, além de hospitais, casas de saúde, postos de atendimento, casas de repouso, hotéis, pousadas, resorts, estâncias, universidades, empresas, clínicas de todos os tipos, etc.
A homeopatia e a fitoterapia
Ambas são especializações que fazem parte dessa medicina alternativa, que estamos comentando aqui no texto. Assim, são processos ou técnicas usados para o tratamento de doenças e que usam métodos naturais, sem considerar os materiais industrializados.
No entanto, são técnicas diferentes. Por exemplo, a fitoterapia usa plantas para o tratamento enquanto que a homeopatia usa elementos de origem animal ou mineral. Só que a diferença não é só essa. Por isso, vamos detalhar um pouco mais sobre cada uma delas. Acompanhe.
Aliás, só para que você não deixe de ler com atenção, saiba que no fim do texto, a gente vai comentar também sobre outras áreas da medicina alternativa e algumas possibilidades de salários pagos a esses profissionais.
Fitoterapia
É o tratamento da medicina alternativa que usa elementos de origem vegetal. Ou seja, plantas. Elas podem ser substâncias importantes para fabricação de produtos farmacêuticos, que tenham efeito farmacológico.
É o que muita gente gosta de chamar de “remédio natural”. Apesar do nome, não se sinta enganado, esses medicamentos usam sim processos químicos porque são fitocomplexos. Assim, eles permitem um efeito terapêutico.
Esse ponto é importante de avaliar: fitoterápicos possuem matérias químicas que atuam no corpo, o que é diferente da homeopatia, que foca na apresentação física do paciente. Os melhores exemplos atuais são: codeína e escopolamina.
O que diz o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde tem uma página onde cita definições interessantes para a fitoterapia, sendo que eles preferem chamar de PICS (Práticas Integrativas e Complementares). A definição usada é a seguinte:
“As plantas medicinais contemplam espécies vegetais, cultivadas ou não, administradas por via oral ou outra forma, que exercem ação terapêutica e devem ser usados na forma racional, já que podem apresentar interações, efeitos adversos, contraindicações”.
E ainda completam dizendo que “vem crescendo notadamente neste começo do século XXI, voltada para a promoção, proteção e recuperação da saúde”. Agora, vamos ver a homeopatia.
Homeopatia
Já a homeopatia, considere que é um tratamento que busca o equilíbrio do corpo, da parte mais física do que a fitoterapia. O procedimento também visa o tratamento de doenças, só que a partir de remédios com doses reduzidas.
Isso é possível a partir da diluição a partir de elementos extraídos da natureza, que podem ser de origem vegetal também, além das originadas pelos animais e minerais.
Outra diferença, portanto, é que eles não possuem composição química na fabricação. Portanto, quase nunca possuem efeitos colaterais – enquanto que fitoterápicos podem oferecer alguns desconfortos, como reações alérgicas.
O que diz o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde também fala sobre a homeopatia, naquele mesmo site que mostramos acima. Veja um trecho da explicação dele:
“Homeopatia é uma abordagem terapêutica de caráter holístico e vitalista que vê a pessoa como um todo, não em partes. O método terapêutico envolve os princípios: Lei dos Semelhantes, experimentação no homem sadio e uso da diluição de medicamentos”.
Por isso, ainda termina falando que “o tratamento é feito com base individual de cada pessoa, que pode usar substancias diluídas que desencadeiam o sistema de cura natural do corpo”. E para saber quais os remédios permitidos, acesse a Farmacopeia, disponível na 3ª edição.
A origem dos remédios homeopáticos
Se na fitoterapia só se usa plantas, saiba que no caso dos homeopáticos há a possibilidade de se pensar em vários reinos. O reino vegetal é o mais comum, já que pode ser usado por inteiro, por partes, em fases. Para isso, ele deve ser hígido, não deteriorado, isento de impurezas.
Já no reino animal, que também é uma fonte de preparo para os medicamentos homeopáticos, considere que é menos comum de ser usado. Geralmente, podem ser inteiros, vivos ou não ou sob a forma de produtos de extração.
E tem ainda o reino mineral, que possui substâncias em estado natural ou sintético, que podem vir de processos químicos-farmacêuticos. Para se ter ideia, podem ser usados vacinas, soros, culturas de bactérias, alopáticos, cosméticos e outros.
Outras terapias da medicina alternativa
Para quem gostou desse assunto de produzir remédios de forma natural, considere que a medicina alternativa ainda conta com outras possibilidades totalmente disponíveis nos dias atuais. Um bom exemplo é a terapia de florais, que usa a essência das flores para tratamento.
Já a crenoterapia, ainda que mais desconhecida, faz o uso da água como propriedade física, térmica, radioativa. Tem ainda a prática integrativa que usa o ozônio, chamada de ozonioterapia. O uso de lamas, barro e argila também existe, é a geoterapia.
Mais uma boa ideia para você considerar é a cromoterapia, que usa as cores do espectro solar para buscar o equilíbrio físico e energético do corpo humano. E não podemos deixar de falar da aromaterapia, que faz o uso de óleos essenciais para a harmonia dos organismos.
A terapia alternativa sem uso de elementos naturais
Todas as opções que mencionamos acima usam elementos naturais, como plantas, óleos, barro. Agora, além disso, considere que dentro dessa lista de opções alternativas também existem aquelas que só usam a postura, o condicionamento, a respiração e o corpo.
Por exemplo, a arteterapia é uma atividade milenar que usa a expressão artística no tratamento. Algo bem próximo da biodança ou da dança circular. A ayurveda vem da Índia e usa o corpo humano a partir de elementos como água, fogo, ar, terra.
Tem ainda a que é chamada de imposição das mãos, onde a prática implica em esforços meditativos para a transferência de energia. Tem também a meditação, o Reiki, a musicoterapia, a osteopatia, a quiropraxia, a shantala e muitas outras.
Quem trabalha com medicina alternativa ganha bem?
Esse último tópico é bastante sugestivo, porém, sem resposta certa. Isso porque tudo vai depender do seu formato de trabalho e da sua especialização. Só para você entender isso, vamos usar exemplos, com base em informações que encontramos em site de empregos.
Atualmente, um naturotepeuta de uma grande empresa pode ter um salário de R$ 3 mil no mês. Enquanto um quiropraxista pode cobrar de R$ 40 até R$ 250 por cada sessão. Já um médico homeopata pode ganhar mais de R$ 10 mil no mês e se não for médico, R$ 2 mil.