Essa é uma dúvida comum que muita gente tem por vários motivos. Antes da Reforma da Previdência começar a valer (novembro de 2019), quem esperava para se aposentar poderia chegar a receber mais do que 100% da média salário como benefício de aposentadoria.
Porém, com a nova lei, isso mudou. Agora, tem gente que entra no que é chamado de direito adquirido. Elas podem usar as fórmulas antigas, só que é preciso entender as adaptações. Por outro lado, também vale comparar com as novas regras para saber qual é a melhor opção.
Para saber o que vale a pena, só estudando
A verdade é que há alguns critérios que vão dizer o que é melhor para você do ponto de vista financeira. Às vezes, trabalhar mais alguns anos pode ser super vantajoso. Em outros casos, não. Aliás, há um caso em que pedir a aposentadoria o quanto antes vale a pena.
A gente vai explicar todas essas situações de modo simples. E sendo assim, entre tantas informações importantes, a gente destacou os 5 principais tópicos que você vai ler nesse texto, são eles:
- O fator previdenciário do INSS;
- O fator previdenciário permitia receber mais do que 100%;
- O direito adquirido antes da Reforma da Previdência;
- As aposentadorias sem fator previdenciário;
- Há um caso em que compensa se aposentar mais cedo.
O fator previdenciário do INSS
Sim, a gente precisa entender o que é o fator previdenciário do INSS para entender qual é a melhor resposta, entre se aposentar mais cedo ou aguardar a aposentadoria completa. O fator foi criado em 1999 e tinha o objetivo de permitir que pessoas se aposentassem mais cedo.
Obviamente, na contramão disso, essas pessoas abririam mão de receber o valor total (100%) do benefício a que tinham direito. Logo, a conta, desde 1999, é muito simples: quanto mais cedo você se aposentar menor será o valor da sua aposentadoria. Ok?
E para considerar esse fator, a gente precisa considerar 3 possíveis variáveis de cada trabalhador, sendo: a expectativa de vida, a idade dele e o tempo de contribuição ao INSS. Obviamente, para ter a sua resposta, você tem que ter essas 3 variáveis também.
O fator previdenciário permitia receber mais do que 100%
O fator previdenciário tinha como vantagem permitir que o beneficiário recebesse mais do que 100% da média salarial na aposentadoria por tempo de contribuição. E é por isso que muita gente se pergunta sobre aposentar mais cedo.
Afinal, quem aguardava mais tempo para se aposentar poderia receber um benefício maior do que o fator previdenciário 1. Para se ter um exemplo, se essa regra ainda valesse, um homem de 65 anos e que contribuiu por 40 anos com o INSS, teria fator previdenciário 1,180.
Ou seja, ele receberia 17% a mais no benefício da aposentadoria. O problema é que essa regra não vale mais devido a Reforma da Previdência.
O direito adquirido antes da Reforma da Previdência
Outro ponto a ser comentado é sobre o direito adquirido. E para entender, nós vamos dar um passo atrás. A nova redação, chamada de Reforma da Previdência, que já está valendo tira esse fator previdenciário da lei. Ou seja, ele só valerá para quem tem o direito adquirido.
Para os novos aposentados, os mais jovens, a aposentadoria só acontece de uma única forma, sendo: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. E isso a se considerar o tempo mínimo de contribuição ao INSS, claro.
Mas, até 12/11/2019, muita gente continua usando a fórmula antiga, do fator previdenciário, já que estamos falando do direito adquirido. Entendeu? E para essas pessoas fica a pergunta: vale a pena se aposentar mais cedo ou não?
As aposentadorias sem fator previdenciário
Bom, deixando para trás a nova lei, e pensando nas pessoas que trabalham há bastante tempo, vamos considerar um próximo ponto importante: nem toda aposentadoria dá direito ao fator previdenciário. Como assim? Vamos explicar de forma breve.
A aposentadoria especial é para quem trabalhou por 25 anos com áreas que tem relação com agentes perigosos ou que fazem mal a saúde. Ou seja, elas se aposentam antes (em 25 anos de trabalho). A aposentadoria por idade também entra sem o fator previdenciário.
Isso porque ela diz que deve se aposentar homens com 65 anos e mulheres com 60 anos que tenham, no mínimo, 15 anos de contribuição com o INSS. Aposentadoria com pontos. Esse é outro caso sem o fator e nele é preciso somar pontos entre anos de contribuição e idade.
Cada caso é um caso, amigo
E não há forma melhor de a gente responder à pergunta inicial do texto dizendo que cada caso é um caso. E isso é afirmado por especialistas, advogados e gente da área. Essas pessoas garantem que é preciso avaliar a situação atual da pessoa, o tempo de contribuição, etc.
Uma das respostas vem da advogada Adriane Bramante, que deu respostas à internet, dizendo que “cada um tem o seu perfil e escolher a melhor hora de se aposentar vai depender do perfil pessoal e da vida profissional dela”.
Para entender que cada caso é um caso, a gente vai trazer aqui exemplos, que podem representar a sua situação também. Agora, note que são apenas exemplos e para decidir a sua resposta, o ideal é fazer as próprias análises, está bem?
Alguns casos de aposentadorias antecipadas ou não
Um dos exemplos é de alguém que está sem emprego. Nesse caso, a escolha de pedir o benefício antes, mesmo que para receber menos, pode ser viável. Afinal, é melhor receber menos do que ficar sem alguma renda, certo?
Tem ainda o exemplo de uma pessoa que contribuiu com valores maiores ao INSS. É comum que mesmo aguardando, a pessoa vai conseguir uma boa aposentadoria antes mesmo dos 60 anos. Então, é possível que valha a pena esperar mais um pouco.
As pessoas em transição
Quem está no mercado de trabalho e ainda não se aposentou, saiba que vai ter alguns momentos para a transição da mudança da lei. Assim, a aposentadoria apenas com a idade mínima, que é a nova forma de se aposentar, não vai acontecer do dia para a noite.
Logo, para quem ainda não fez a escolha, saiba que dá para escolher uma das 5 regras de transição: pedágio de 50%, pedágio de 100%, idade mínima, pontos ou aposentadoria por idade progressiva.
A forma mais rápida de se aposentar a partir da transição é a do pedágio de 50%. Isso quer dizer que será preciso contribuir com mais metade do tempo que faltava para a aposentadoria. No entanto, também pode ser uma forma de perder mais dinheiro, também.
A principal mudança da Reforma da Previdência
A gente já falou um pouco disso, só que acabamos não dando a devida ênfase. Esse tópico vai servir para isso. Você sabe qual é a principal mudança que aconteceu com a Reforma da Previdência? Ela tem a ver com a forma de calcular a aposentadoria.
O resumo é: os trabalhadores terão que trabalhar um pouco mais antes de pedirem a aposentadoria. Isso porque a base de cálculo atual é feita com a média de 100% dos salários de contribuição. Antes, usava-se a média dos 80% dos maiores salários.
E para compor o valor da renda tem 60% da média de todos os salários de contribuição e mais 2% ao ano do que passar o tempo de contribuição (35 anos para homens e 30 anos para mulheres). Logo, será preciso contribuir 5 anos a mais para receber 100% da aposentadoria.
Além dos números e dos cálculos
É claro que fazer todas essas contas é muito importante para saber a melhor escolha para você. Só que deixando um pouco de lado a questão financeira, saiba que há de se pensar também na sua própria vida, que tem ligação direta e reta com a aposentadoria.
Por exemplo, se pedir a aposentadoria agora você tem um plano para dedicar o seu tempo livre? Tem sonhos a serem realizados? Ou será que sair da empresa vai significar o fim da vida? O seu prejuízo será mínimo ou muito grande? Às vezes, você não sai perdendo tanto.
Ao se aposentar antes, você pode ter alguns impostos reduzidos ou eliminados, como IPTU em algumas cidades do país, por exemplo. Sabia disso? Desse modo, saiba que não há resposta única para todos, só que uma boa ideia é analisar todo contexto pessoal, além dos financeiros.
Há um caso em que compensa se aposentar mais cedo
Os especialistas também afirmam que há sim um caso em que pedir a aposentadoria antes pode ser boa ideia: estamos falando dos trabalhadores que sempre contribuíram com um salário mínimo. Ele não pode receber menos do que o piso nacional, que é o salário mínimo.
Ou seja, entre se aposentar agora ou mais tarde, ele vai receber o mesmo tanto, o 100% do benefício, que é de um salário mínimo. Já se a pessoa contribuiu com mais do que isso, aí somente um estudo especifico vai poder dizer a melhor resposta para ela.
