É comum que ao ouvir falar sobre as “profissões do futuro”, em algum momento, você chegue até o operador ou piloto de drone. Afinal, estamos falando sobre um tipo de tecnologia que tem mudado a forma de fazer entregas, tirar imagens e filmar eventos.
É isso mesmo: um drone é capaz de ser uma verdadeira artimanha para quem quer ter uma imagem aérea ou para quem quer fiscalizar florestas, fazer entregas de mercadorias e por aí vai. No entanto, para que isso aconteça é preciso saber “pilotar” um drone.
De hobby para profissão
Até alguns anos atrás, ter e pilotar um drone era algo como “hobby” para muita gente. Tinha quem levava os seus “aviõezinhos com câmeras” lá para os céus para conseguir ver a Terra de um ângulo diferente. Outros filmavam casamentos com ângulos diferenciados.
Só que essa “brincadeira” deu tão certo que hoje até mesmo os órgãos de fiscalizações, como o Ibama, usam o drone para verificar áreas em florestas. Já outras empresas estrangeiras estão testando os drones para fazer entregas de mercadorias.
Ou seja, a gente teve, em pouco tempo, um avanço de um hobby para um mercado de trabalho novo, uma profissão. Afinal, se você pensar de forma mais geral vai ver que um mini helicóptero de controle remoto pode fazer muita coisa, não acha? Só que há regras.
As regras para pilotar drones
Cada país tem a sua regra. No Brasil, por exemplo, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é a responsável por regularizar e regulamentar o mercado de drones. Ela criou algumas regras para o uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPA’s), que é onde entram os drones.
Assim, como para quem vai dirigir um automóvel, para pilotar o drone é preciso ter uma espécie de “carteira de motorista”. Logo, o primeiro requisito que é citado pela Anac tem a ver com a idade mínima, que é de 18 anos.
Outra regra tem a ver com a obrigatoriedade de ter a carteira de habilitação de drones se o equipamento for de maior porte, acima de 25 quilos. Já para equipamentos mais leves, eles só podem voar até 400 pés de altura. Acima disso, também exige a licença e a habilitação.
Como se tornar um piloto de drones
Agora que passamos das regras da Anac, deve ter ficado claro para você que é preciso cumprir alguns requisitos para dirigir drones, correto? Então, basicamente, é preciso ter a habilitação, que vem de um teste de conhecimento e proficiência.
Fora isso, também incluímos aqui a obrigatoriedade do Certificado Médico Aeronáutico e do registro do voo. Ambos documentos são emitidos pela própria Anac. E tudo isso tem a ver com a parte teórica, claro. Mas, você tem que ter o conhecimento do equipamento também.
A partir disso, considere que há um bom salário trás, que vamos mencionar abaixo. Só que antes disso, conheça as 5 principais áreas de atuação para quem é piloto de drone hoje em dia.
As 5 áreas de trabalho para piloto de drone
São várias as áreas de atuação para quem sabe pilotar drone hoje em dia. como mencionamos lá em cima, isso vai de filmagens de festas até mesmo o mapeamento geográfico de áreas. Mas, nos próximos tópicos, a gente vai detalhar um pouco mais dessas áreas.
Até mesmo porque isso pode variar no salário do piloto de drone e nas características que ele deve ter para conseguir fazer bem o seu trabalho. Vamos conhecer esses possíveis trabalhos para quem tem conhecimento em drones.
Filmagens de festas
A área de atuação para um piloto de drone é aquela que, em um princípio, começou como sendo um hobby. Ou seja, estamos falando sobre filmar eventos, festas, casamentos, aniversários e tudo mais que não tinha uma ideia tão comercial.
Sim, os profissionais podiam vender tais imagens também. Porém, eram voos mais rasantes, entende? Algo mais familiar, talvez. Já hoje é um mercado profissional muito bem apresentável, com especialistas em imagens de drone e tudo mais.
Até mesmo em eventos esportivos e shows esse tipo de imagem é útil. Seja em rodeios, em shows de música ou até mesmo em Copa do Mundo.
Mapeamentos aéreos
Outra atuação que pode ser a praia de quem trabalha com drone é no mapeamento aéreo. Lembra que a gente falou que até o Ibama usa tais recursos tecnológicos? Pois é. Essa é a ideia: conhecer áreas desmatadas.
Mas, em outros casos, também podemos falar sobre desenhos geográficos, a busca por animais em extinção, delimitações de territórios e muito mais. A ideia é que com uma imagem que vem de cima, do alto, a gente tenha um enquadramento melhor dessa dimensão.
E aqui também entra a questão da pesquisa cientifica, ao passo que os drones também podem ser úteis para coletar amostras de áreas que são de difícil acesso para humanos. Isso vale para estudo meteorológico, por exemplo.
Segurança
Na área da segurança, os drones ervem para fazer a vigilância de lugares. Obviamente, não estamos falando de quaisquer lugares e sim daqueles que são grandes, com públicos, de difícil acesso, etc. Há várias empresas de segurança privada que usam drones hoje.
Afinal, dá para coletar imagens em tempo real e sem que precise ter um vigilante lá. Geralmente, são usados em zonas de perigo. É comum em universidades, área rural, propriedades luxuosas e eventos de leilão de objetos caros.
Entregas de mercadorias
Esse talvez seja o tópico mais curioso do texto porque é uma novidade. No entanto, considere que no começo de 2020, o Brasil viu drones fazendo entregas de mercadorias. É verdade. Apenas uma empresa foi liberada para fazer isso, como teste, a Speedbird.
O drone dela é um DVL-1 que foi criado para entregar comidas. É como um iFood das Nuvens, sabe? Ele tem 9 quilos e conseguir chegar a 32 quilômetros por hora. O transporte pode ser feito com pacotes de até 2 quilos.
Porém, apesar de já ver alguns drones com comidas voando por aí, saiba que tudo não passa de testes. Entre os requisitos estão: distância de pouco mais do que 2 quilômetros do campo de decolagem e o drone não precisa ter o campo de visão o tempo todo.
Agricultura
Aqui uma área que citamos pouco, mas já é uma realidade para o uso dos drones. Esses pequenos helicópteros podem ser usados para coletar informações sobre plantações, como já mencionamos acima. Mas, também podem fazer outro tipo de trabalho.
Por exemplo, permite saber onde está o gado (localização), qual é a umidade do ar, os danos causados por tempestades e até mesmo na hora de descarregar algum tipo de produto, considerando as regras sobre pesos.
É muito útil na categoria de agricultura de precisão, sendo uma ferramenta auxiliar de muitos fazendeiros do país todo.
Qual é o salário de um piloto de drone
Como vimos, temos aqui uma profissão do futuro e com, pelo menos, 5 campos de atuação que também são tendenciosos. Ao passo que escolher conhecer esse assunto e aprender a pilotar drones pode ser um caminho lucrativo para o profissional. Mas, o salário é bom?
A profissão é nova no país e no mundo. Portanto, estimar um salário pode dar errado. O que precisamos considerar é que muita coisa envolve o faturamento de um piloto de drone. Por exemplo, a área de especialização, o tipo de contrato de trabalho, etc.
O que sabemos hoje é que o pagamento é mais comum em formato de prestação de serviço, do tipo freelancer. Isso faz com que autônomos, como jornalistas, cinegrafistas, agrimensores e pesquisadores possam ganhar uma renda extra com esse tipo de trabalho.
O aluguel de um piloto de drone
Outro ponto curioso é saber que há empresas e equipes especializadas nesse tipo de trabalho. Logo, uma empresa pode contratar um trabalho de drone, o que inclui o piloto também, por um valor de R$ 1 mil ou até R$ 6 mil em um único dia.
Já para quando se fala em mapeamento aéreo, que é mais complexo, o valor é de R$ 30 por hectare. Agora, para quem cobra o preço, saiba que há de se pensar em gastos, como com a manutenção, reparos, atualizações, habilidades, operações, etc.
Alguns estudos dizem que um piloto de drone pode ganhar em torno de R$ 1 mil por dia de trabalho. Porém, é preciso considerar que há o custo de formação e o valor equipamento, que abatem um pouco esse lucro.
Vale a pena estudar para ser piloto de drone?
Para fechar o texto, considere que o número de empregos para pilotos de drones é maior do que para pilotos de aviões tripulados mais comuns na Força Aérea dos Estados Unidos. E não é só isso, já que no Brasil também há bons números.
Por aqui, existem mais de 50 mil drones registrados na Anac, sendo que ao menos 1/3 deles são focados no uso profissional e o restante é para uso recreativo. Já em termos de pilotos cadastrados, nós temos até aqui em torno de 50 mil também, sendo a maioria pessoas físicas.