Hoje em dia, dispor de um diploma de nível superior deixou de ser garantia de vaga no mercado de trabalho. As pesquisas apontam que o número de pessoas desempregadas e formadas cresce a cada dia mais. Essa realidade aponta para uma outra bem pior: diminuição dos empregos, fruto da crise que o país enfrenta desde 2016.
No entanto, a falta de qualificação dos profissionais também é algo alarmante. Os tempos estão mudando, o mercado já sofre suas atualizações e as universidades continuam fornecendo o mesmo tipo de preparo, que já é retrógrado.
Aliás, cerca de 46% das pessoas formadas no Brasil encaram o desemprego assim que concluem sua formação acadêmica. O advento da indústria 4.0 exige diferentes tipos de competências, que vão muito além de um curso de nível superior.
A qualificação da indústria 4.0
De acordo com a Roland Berger, consultoria, a estimativa é que 200 milhões de trabalhadores não sejam mais qualificados para os serviços dos próximos 20 anos. Por exemplo, não será mais necessário dispor de um técnico para trabalhar em funções repetitivas. Esse tipo de trabalho será cada vez mais automatizado.
E onde fica o profissional? Será excluído? Não. A mão de obra atual será realocada para demais tarefas estratégicas e gerenciamento de projetos. Porém, para que isso aconteça, será necessário que o profissional desenvolva o perfil da Indústria 4.0.
Também chamada de manufatura avançada, a indústria 4.0 vem mostrando que para suprir a demanda do mercado, o profissional precisará pensar diferente. Com as mudanças no mercado atual, o termo “colaborador” tem sido muito utilizado. Portanto, o colaborador 4.0 é o perfil exato da manufatura avançada. Este tipo de pessoa é multifuncional. Sempre está aprendendo novas habilidades e demonstra vontade de adquirir cada vez mais conhecimentos.
Neste cenário, o diploma da faculdade deixa de ser a essência e passa a ser apenas um complemento. Não significa que sua importância seja perdida, mas é fato que conhecimento está disponível para todos.
Porém, para a indústria 4.0, o colaborador deverá ser diferenciado. Para isso, a resposta à demanda é um ponto muito importante a ser desenvolvido. Em muitas áreas, o colaborador 4.0 é autodidata, não se conformam com a falta de conhecimento e são desbravadores. Afinal, partir do zero para adquirir conhecimento quase completo de uma questão específica não é problema para este tipo de profissional.
Funcionários serão extintos
Entretanto, essas características não serão exigidas para a procura de profissionais perfeitos e sim inconformados com a posição que se encontram. O colaborador 4.0 é honesto quanto aos seus pontos fracos e não hesita em buscar ajuda para compreender aquilo que não sabe.
Se adaptar ao novo ambiente do mercado de trabalho com a indústria 4.0 pode ser tarefa difícil para alguns. Principalmente para os que estão adaptados ao antigo modelo, o de funcionário. A principal diferença é que o funcionário tem atitude limitada. Não é difícil encontrar um funcionário de alguma empresa reclamando que não está sendo pago para fazer determinada tarefa.
A zona de conforto não é o lugar do colaborador, o mercado de trabalho de hoje em dia não possui mais este espaço. Por isso, a tendência é que os funcionários fiquem cada vez mais obsoletos e a aplicação do termo “colaborador” faça mais sentido dia após dia.